domingo, 31 de janeiro de 2010

Filme do Dia



Belíssimo filme!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

S/ título

O que me atraiu na escuridão da noite, foi a luz de duas estrelas… Não sei onde foste buscar o brilho que apenas existe nos teus olhos …Olhos que contam tantas histórias, olhos repletos de recordações do futuro, qual um madrigal bucólico que derrete as pedras da rua que transpiram saudade… Saudade… Palavra amarga, que ao ser vingada torna-se ténue e doce.

Bach por Koopman

Um dos maiores e mais polémicos intérpretes (organista/cravista/maestro) da actualidade, a interpretar o seu compositor favorito (e também o meu!)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um intérprete, diferentes direcções

3 documentos (infelizmente não legendados) resgatados ao youtube, com registos de Frans Brüggen, um dos mentores do Movimento da Nova Música Antiga, em interpretações de compositores de diferentes épocas.
Polémicas à parte, há-que ter em conta a abertura artística deste músico que, tal como outros da NMA - e ainda hoje, e cada vez mais - colaboram em projectos de Música Contemporânea.









domingo, 17 de janeiro de 2010

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

The Night Schubert Died



Música do Dia

"La Clemenza di Tito", para muitos a obra-prima de Mozart.

É difícil dizer qual a versão que é mais fácil admirar... desde a de Karl Böhm, passando pela de Colin Davies, até à mais recente, por Renée Jacobs.
Entretanto, aqui fica, numa interpretação de J. E. Gardiner, o notável "Che del ciel, che degli Dei" que, destacando-se já quase no final desta ópera (a última do compositor), sempre me pareceu ser uma piscadela de olho ao abandonado barroco...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Desapareceu, sem ler o poema que para ela concebi. Aquele em que, numa flor, em cada pétala, residia um tormento. Uma resvala pelos beijos de carne que nunca sorvi. Outra, sequiosamente, afasta-me do medo que me causa frio. Outra, acaricia o momento que se equipara à hora da morte. Mais uma lágrima de flor, pelas virtudes que procuro à margem do mundo, no canto da sala escura, longe, lá longe em horas indefiníveis. Não agarrei a flor atempadamente, esmagando-se no chão de cacos de vidro e pés bailarinos. Quase escorreguei com o risco de perturbar uma qualquer cerimónia real, despropositadamente pomposa, sucumbindo a um conto religiosamente incorrecto que mitiga paixões incongruentes. No meu júbilo, quis que fosse ela a primeira a falar, porém, ela queria que fosse eu. A sua candura divorciou-se da incursão que fizera nos meus olhos, já que a subtileza preencheu em demasia os meus gestos. Um. Teria bastado um só sorriso, mesmo despropositado, para que a noite palpitasse e cedesse ao sossego idilizante no vagaroso silêncio do éter. Ainda lhe vigiei os passos já distantes no miasma do ruído.
Perdi-a, sem que lesse o meu poema.
Ansiei-a nas horas seguintes, guardando as pétalas na algibeira, esperançado por entregar-lhas quando a revisse, para que reconstituísse a flor que, inadvertidamente, eu próprio quebrara. Escondi-a dos outros por vergonha, mas as sedas dissimuladas na minha mão cerrada secaram, estalaram ao ponto de me magoarem como os vidros pisados nesse chão sombrio. Só assim compreendi que ela jamais existira.

Música do Dia

Passagem da interpretação soberba de "Viagem de Inverno", de Schubert, por Hans Hotter e Gerald Moore.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Música do Dia




A dreaded sunny day
So I meet you at the cemetery gates
Keats and Yeats are on your side

A dreaded sunny day
So I meet you at the cemetery gates
Keats and Yeats are on your side
While Wilde is on mine

So we go inside and we gravely read the stones
All those people all those lives
Where are they now?
With the loves and hates
And passions just like mine
They were born
And then they lived and then they died
Seems so unfair
And I want to cry

You say: "ere thrice the sun done salutation to the dawn"
And you claim these words as your own
But I've read well, and I've heard them said
A hundred times, maybe less, maybe more

If you must write prose and poems
The words you use should be your own
Don't plagiarise or take "on loans"
There's always someone, somewhere
With a big nose, who knows
And who trips you up and laughs
When you fall
Who'll trip you up and laugh
When you fall

You say: "ere long done do does did"
Words which could only be your own
And then you then produce the text
From whence was ripped some dizzy whore, 1804

A dreaded sunny day
So let's go where we're happy
And I meet you at the cemetery gates
Oh Keats and Yeats are on your side

A dreaded sunny day
So let's go where we're wanted
And I meet you at the cemetery gates
Keats and Yeats are on your side
But you lose because Wilde is on mine

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

À descoberta de um novo Passado (2)

Ando, de novo, completamente obcecado pelo Gloria (RV 589) de Vivaldi... não me sai da cabeça, e ando a comparar versões - desde o Hickox com os seus violinos dolentes, ao Alessandrini com a sua celeridade bélica e pompa agitada, passando pela leitura de Preston, com o belíssimo som do coro infantil da Academy of Ancient Music, e claro, na companhia de Emma Kirby (embora a voz dela se evidencie mais com Hickox)...
Todavia, deixo aqui um pequeno documento sobre o mais recente registo - o de Alessandrini, de que já falei em tempos, e que se inscreve nessa tarefa extraordinária de reunir em CD todas as 450 partituras manuscritas existentes na colecção da Biblioteca de Turim

O teu nome é o meu

Porque me lamento?
- Porque me roubaram o dia…

Quem me roubou o dia?
- A solidão que desagua nesse mar inquieto, onde as redes são maiores que a esperança…

Porque perdi a esperança?
- Porque deixei de viver…

Porque é que deixei de viver?
- Porque a tristeza quebrou as jangadas e o meu sustento…Porque morro de uma fome, que tinge o meu rosto com tinta de um jornal tão velho quanto a busca de um rumo…

Porque é que quero um rumo?
- Porque o sonho nunca se perde, porque ele é o trono do prazer num lugar longínquo.

Porque é que quero estar longe?
- Porque ergui o mundo sobre lágrimas, e este afundou-se num mar de dor…E pretendo outro, bem distante daquele que criei…

Quem criou o mundo ?
- O céu não foi… pois este, chora por mim mas juro nada ver. Ajoelho-me perante deuses que desconheço, e bebo o seu vinho e o seu sangue…

Porque bebo desse sangue?
- Porque já não tenho do meu…E grito… grito do fim do deserto da minha vida, desejando que um fio de ouro escorra da minha voz, e me encante comigo próprio…

A tua história é a minha.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Quando nos debruçamos nas varandas do Passado, avistamos muitos amigos que nos fazem falta. Mas depressa reparamos que já se encontram muito distantes. Nesse momento, temos a certeza que será difícil, ou mesmo impossível, alcançá-los ou sequer gritar pelos seus nomes.

Felizmente, alguns deles vão permanecendo perto de nós, e complementam-nos com tudo aquilo que precisamos - partilhando experiências, sejam boas ou más; emprestando-nos o seu riso e as suas lágrimas, ou no mínimo, comunicando-nos um olhar de cumplicidade no silêncio de uma sala cheia.

Todos me são importantes, mas existem dias em que alguns, por alguma razão, se tornam ainda mais importantes.

Obrigado.

Música do Dia

sábado, 9 de janeiro de 2010

Wagner, uma vez mais




Podcasts do programa da Antena 2 "Véu Diáfano", de Pedro Amaral, acerca de Wagner - de audição obrigatória para quem goste do compositor.

Para seleccionar e ouvir, clicar aqui.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

À descoberta de um novo Passado




Tenho vindo a apreciar bastante esta abordagem às Suites para Violoncelo de Bach que, através dos dedos bailarinos de Anne Gastinel, convida à dança, mesmo nos momentos mais contemplativos.

Será talvez interessante contrastar esta leitura com a de Sigiswald Kuijken que, há algum tempo, aqui coloquei.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

domingo, 3 de janeiro de 2010

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Wagner, segundo Boulez/Chéreau.