domingo, 22 de abril de 2012

Crónicas de Ânclios : o crítico em nós




Desde há algum tempo que se acredita no mito que afirma que os anos 80 produziram a melhor música pop e rock alguma vez ouvida no planeta. É às pessoas que acreditam nesta crença tão consensualmente difundida, que dirijo as próximas palavras, fazendo-lhes ver que houve muito mais por trás daquilo que conhecem, já que existem cenas de extrema violência, que mancham de sangue os registos em vinil que guardamos na nossa memória (ou no armário poeirento onde as aranhas dançam – ainda - ao som dos Modern Talking ). 
Sem mais demoras, o relato que vos trago resume-se ao seguinte: 
Robert Smith, célebre vocalista dos The Cure, convidou Morrissey, na altura vocalista dos celebrados The Smiths, para jantar em sua casa. Como se sabe, Morrissey é vegetariano, e faz questão de se assumir como tal. Sucede que, Robert Smith desconhecia esta faceta do cantor, tendo preparado umas belíssimas costeletas de borrego com batatinhas assadas no forno. Morrissey, ao deparar com tal espectáculo, que considerou de extremo mau gosto, enfiou a cabeça de Robert Smith no forno (aceso), tendo queimado irremediavelmente o couro cabeludo do cantor dos The Cure, que foi obrigado a usar, a partir daquele momento, uma peruca de cabelo tufado que tão bem conhecemos e que ele nunca mais largou, estando até hoje, e apesar da violência que antecedeu esta situação, indirectamente agradecido a Morrissey. Robert Smith, em legítima defesa, ainda teve tempo de dar com uma frigideira na cabeça de Morrissey, que desde aí ficou achatada, tentando-a ainda hoje camuflar, em vão, com a  robusta poupa, que também tão bem conhecemos. Podemos assim concluir que Morrissey se “divorciou” dos The Smiths, devido ao nome da banda lhe lembrar o Robert. Todavia, antes de tomar esta decisão, ainda compôs o conhecidíssimo tema "Meat is Murder", que dispensa comentários ou apresentações.

domingo, 1 de abril de 2012

Crónicas de Ânclios

 
 
Todos os fãs de Black Metal, conhecem a obsessão de King Diamond por pastéis de Belém. É sempre divertido vê-lo, e de acordo com as suas crenças religiosas, a brincar com a canela, desenhando cruzes invertidas no topo do pastel que se prepara para devorar - é bem sabido que consegue comer uma dúzia, sem hesitações. Após o pseudo-final da sua antiga banda, Mercyful Fate - que tal como tantas outras bandas, se reúne de vez em quando para concertos e lançamentos de álbuns feitos em cima do joelho - , deslocou-se a Lisboa, animado pelo lançamento do seu 1º single, "No presents for Christmas", para se deliciar com os pastéis de Belém, comprar o "Necronomicon" num Alfarrabista do Bairro Alto (infelizmente, nunca chegou a encontrar o livro), e comprar uma guitarra em 3ª mão, na Feira da Ladra, para Michael Denner. Este guitarrista, que o acompanha desde sempre, conseguiu demovê-lo de escrever uma ode aos pastéis de nata na letra da música do mencionado single, sugerindo que substituísse os versos "Amália and Marceneiro eating Bethlehem cakes" pela famosa frase "Tom and Jerry, drinking sherry".