De há uns meses para cá, fui cativado pela interpretação exuberante das Cantatas de Bach, pela mão de Masaaki Suzuki e do Bach Collegium Japan, trazendo consigo uma sonoridade que não deixa de surpreender.
Hoje, ao ouvir o Vol. 11 dos Cd's da integral que tem vindo a ser editada, não consegui deixar de estacar perante a última cantata deste álbum (BWV 46), que inicia com um admirável coro (cuja melodia foi também utilizada na sua Missa em Si menor, mas que aqui é continuada através uma belíssima fuga digna da arte que Bach tão bem cultivou), prosseguindo com a envolvente aria interpretada pelo contra-tenor Kai Wessel, acompanhado, unicamente, por instrumentos de sopro. Esses mesmos instrumentos conferem um travo exótico à austeridade do coral de índole luterana com que a obra é finalizada.
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