sexta-feira, 28 de maio de 2010


Herzeleide Mortensen pegou nas pétalas caídas no chão do seu quarto e lançou-as pela janela, esperando reencontrar, lá em baixo, os olhos da sua amada, que logo as recolheria quando ainda estas pairavam no ar, conseguindo sempre - e ele nunca soube como - reconstituir a corola da flor, ostentando-a de seguida numa mão triunfante. Sempre foi assim, mas já não o era. Todavia, ao fixar dolorosamente o vazio, verificou que as pétalas haviam desaparecido, dando lugar a uma flor que havia surgido repentinamente na terra húmida, erguendo-se firme, tal como a sua esperança.

2 comentários:

IrisCairo disse...

Lindoooooooooo amigo! Adorei :))) bjs

jcbc disse...

Obrigado, Isabel :) Bjs