segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MURNAU - Sunrise : A Song of Two Humans (1927)

Hoje vi "o mais belo filme de sempre"*


*TRUFFAUT
(É interessante constatar que, para João César Monteiro, entre os seus 10 filmes preferidos, este ocupava todas as posições).

sábado, 28 de novembro de 2009

Música do Dia



Há alguém a quem tenho de agradecer por me ter dado a conhecer isto.

A propósito de interpretações - um desabafo


Tendo acabado de re-escutar a semi-ópera "King Arthur", de Henry Purcell (1659-1695), numa belíssima prestação do agrupamento The English Concert, sob a direcção de Trevor Pinnock, perscrutei o Youtube em busca de um bom excerto para aqui exemplificar. Porém, fui apenas brindado com dezenas de interpretações "sofisticadas" da obra, incluindo realizações pop da famosa aria do Génio do Frio, que mais não fazem do que suprimir a beleza da música, que assim alcança a mera vulgaridade.
Esta aria, que já inspirou bandas sonoras de filmes como "O Cozinheiro, o Ladrão, a sua Mulher e o Amante", de Peter Greenaway, é um bom exemplo da popularização a que muitas obras-primas musicais estão sujeitas, sendo recriadas de um modo kitsch que está longe de enriquecer a cultura e sensibilidade dos ouvintes.
O fenómeno manifesta-se mais facilmente perante o imediatismo musical (porém genial) de algumas obras, como é o caso deste "King Arthur" em que, inclusive, ao nível da encenação em teatros de ópera, somos confrontados com versões em que o Génio do Frio se mascara de pinguim, balbuciando uns "p-p-p" ao jeito de um Papageno medíocre que nos afasta bastante dos propósitos da obra - questiono-me sobretudo acerca da razão pela qual grandes maestros, como é o caso de Nikolaus Harnoncourt, pactuam com esta realidade.
Estas interpretações vazias, contrastam, felizmente, com tantas outras de grande qualidade, como é o caso da imponente versão dirigida por Pinnock, ou da mística gravação proporcionada pelo já distante Alfred Deller.
Sou adepto da liberdade interpretativa e de uma divulgação musical abrangente das obras musicais, todavia isto faz-me pensar em todas as deturpações culturais a que diariamente estamos sujeitos, em que facilmente nos deliciamos com uns insípidos e maçadores Carmina Burana, de Orff, desgastados em publicidade a after-shaves e que já ganharam, inclusive, o estatuto de "ópera" (?!), alimentando espectáculos megalómanos, onde a música é ouvida com o auxílio de altifalantes...

Para mais informações:

Henry Purcell
King Arthur (semi-ópera)
Trevor Pinnock
Alfred Deller
Carl Orff
Carmina Burana

Vittorio de Sica - Ladri di Biciclette

Um cálice de Porto e Ladrões de Bicicletas



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Música do Dia

Conta a lenda que, W. A. Mozart, ainda criança, tendo ido com o pai à Capela Sistina para ouvir o Miserere de Gregorio Allegri - cuja audição fora do Vaticano era estritamente proibida - , memorizou-o e, nesse mesmo dia, colocou-o em partitura, permitindo a sua difusão.

Ei-lo, o extraordinário Miserere, felizmente roubado às paredes da Sistina, para fruição e felicidade de muitos de nós.

sábado, 21 de novembro de 2009

Mary and Max

O melhor filme de animação que vi nos últimos tempos.



Para mais informações, consultar: http://www.imdb.com/title/tt0978762/

quinta-feira, 19 de novembro de 2009



I`m clicking your fingers for a gothic twilight
that actually existed just in your head
your fingernails painted black
or bloodred
I forget

And your fake-leather volumes
jabbering on hell
manifest decadence was what you hoped to exhail
your eyes tried so hard to glitter

A star-snuffing black
so you opened your books
and you opened your legs
and so opened your heart
and let in the badness
you claimed
as your friend
with un-angels hovering
like flies round the orchard
that had covered your soul
their empire increasing
and your country
deserted by yourself

The bells of St. Mary call us to remember
that life is with end
and the gestures can kill us
moreover destroy
and there is one jugdement only

Your letters came daily
in French or in German
but they meant to me nothing
I caught the slow cords
and dry ice fogging your mind
I see all too clearly now
why you should be discarded
and though I could pray for you
I probably shan`t
having had my cup filled up
with your lies
and your makeup
you were nothing
thinking you`re something

And nonetheless I still write this gothic lovesong
a sign to myself
and the memory of my past
I still write this gothic lovesong
and the memory of my past
and a way to shut out your face

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Música do Dia



The empty streets
The songs of twilight
The clouds at rest
The churchbells chiming
A scarecrow shudders
And some birds tremble
I looked at you and saw it's time

The faded flowers
The faded pictures
Of faded lives
Your body waiting
And unfulfilled
With no regrets
And empty heart
And head in hands
I heard them say today it's time

The sunset heavy
On mother mountain
The cattle lowing
The cattle dreaming
The endless rain
In haunted airs
Your loss of hope
We were shown
We were shown it's only time

The smell of rain
The twilight leaning
Against your lips
Waterwheels turning
The forests brooding
You took my hand
And pointed full of pain
That fishes dying
You see the sign that this was time

I waited years for you
Or so it seemed
And stumbled through your world
Praying for just one kiss
To stop my fall from grace
And shelter in your palm
You gave me everything
Both lock and key
The oilclouds see it's only time

If I could have one wish
As in the fairytales
I would unmake my past
And rise like Lazarus
And stand in sunlight
And banish all the dark
That locked my face away
And say to you again
Oh that
That was only time

So willow weep not for me
And oak bend not for me
Though others died for us
And in our place
Though in the secret heart
Raw wound, raw source of all
I heard the news today
Whispered in the dark
At last
At last we know it's time

I knew at last it's only time
I'll come in glory

End of story

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

The clarity of the gems
From the fortress of your eyes
I've been there for ages...
I've been there for ages...
I've been there for ages...

domingo, 15 de novembro de 2009

Alguns Sons e Imagens de Ontem




The Shop Around the Corner


Por vezes, é bom regressar às coisas simples.

Soube a pouco

Depeche Mode, Pavilhão Atlântico. Foi óptimo, mas soube realmente a pouco.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Música do Dia










E a vida, sem ser vivida, é mais segura.


J. M. Branco

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ontem não será amanhã


Feras de pedra abafaram o rugido nas tuas muralhas de cinzento encanto, pedaços antigos de abismo, ladainha de pranto de violas da gamba acariciadas por arcos quebrados e folhas de acanto, abaladas pelo troar dos tambores dos mortos e pelas palavras de um cravo com forma de vampiro e dentes de teclado, que me emprestou gestos tortos, perdendo-me em ti, calcorreando, num só passo, Roma, Paris, Madrid, na memória de cada rua, que sob a forma de árvore e jardim se perpetua por entre sulcos de betão e calçadas que ladeiam os riachos antigos da rasgada solidão das aves que apertam o cerco ao tecto azul, quando acordas com o sol ao sul e regurgitas as fraquezas e as náuseas, pois tudo o que perdeste, foi tudo o que perdi, e entre nós apenas partilha senti, numa força que sobrevém, eu sei, pois com ela os portões do Torel trepei, trocando as voltas à história, qual marginal livre, convidado de casa emprestada, pisada por pesadas botas de pele suada, no chão de madeira indolente, escutado por longos cabelos em varandas de marfim ardente, nas excrescências do fumo encrespado, em licor de canela e sangue entornado, ressuscitando rostos andróginos, em chama de vela assustada, aos quais beijei seios, palavras e contos, mais reais que o sonho ou o nada, esvaecendo nos ponteiros do relógio, ébrio, madrugada fora, sem que por nada desse, pois o tempo tudo devora e de todo me entristece, porque sempre me acompanhaste, embalo-me no teu peito, bem perto dos teus lábios, que continuarei a amar quando estes olhos se fecharem pálidos, como o meu corpo tornado cinza nas visões do teu Castelo, ladeado pelos gritos desesperados do dia, vestido pela noite de serenidade luzidia, no leito do teu rio, que nos braços a minha alma em lágrima reflectiu, com esperança me observou, e em vitória me sorriu.

domingo, 8 de novembro de 2009

Música do Dia

Ainda o ambiente etéreo de Current 93, com a colaboração de Nick Cave...

sábado, 7 de novembro de 2009

Música do Dia

Dia de chuva... a ouvir uma homenagem de Current 93 a Douglas P. [leia-se Death in June]





A próxima versão, apesar da deficiente captação sonora e do (estranhamente agradável) som de violino amador, é genial:

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Não sei o que dizer...


Estou eternamente grato a este senhor pelos mundos musicais que me deu a conhecer.