Desde há algum tempo que se acredita no mito que afirma que os anos 80
produziram a melhor música pop e rock alguma vez ouvida no planeta. É às
pessoas que acreditam nesta crença tão consensualmente difundida, que dirijo as
próximas palavras, fazendo-lhes ver que houve muito mais por trás daquilo que
conhecem, já que existem cenas de extrema violência, que mancham de sangue os registos
em vinil que guardamos na nossa memória (ou no armário poeirento onde as
aranhas dançam – ainda - ao som dos Modern Talking ).
Sem mais demoras, o
relato que vos trago resume-se ao seguinte:
Robert Smith, célebre vocalista dos The Cure, convidou Morrissey, na altura
vocalista dos celebrados The Smiths, para jantar em sua casa. Como se sabe,
Morrissey é vegetariano, e faz questão de se assumir como tal. Sucede que,
Robert Smith desconhecia esta faceta do cantor, tendo preparado umas belíssimas
costeletas de borrego com batatinhas assadas no forno. Morrissey, ao deparar
com tal espectáculo, que considerou de extremo mau gosto, enfiou a cabeça de
Robert Smith no forno (aceso), tendo queimado irremediavelmente o couro
cabeludo do cantor dos The Cure, que foi obrigado a usar, a partir daquele
momento, uma peruca de cabelo tufado que tão bem conhecemos e que ele nunca
mais largou, estando até hoje, e apesar da violência que antecedeu esta
situação, indirectamente agradecido a Morrissey. Robert Smith, em legítima
defesa, ainda teve tempo de dar com uma frigideira na cabeça de Morrissey, que
desde aí ficou achatada, tentando-a ainda hoje camuflar, em vão, com a robusta poupa, que também tão bem conhecemos. Podemos
assim concluir que Morrissey se “divorciou” dos The Smiths, devido ao nome da
banda lhe lembrar o Robert. Todavia, antes de tomar esta decisão, ainda compôs o
conhecidíssimo tema "Meat is Murder", que dispensa comentários ou
apresentações.